25 de abr. de 2016

Sistema Métrico em Porto Alegre



            Sistema métrico,algo que está tão presente no nosso cotidiano e às vezes nem percebemos o quanto... Quando vamos ao supermercado para fazer as compras da semana e vemos o preço do kg ou até mesmo quando entramos em férias e planejamos uma viagem calculando a distância de nosso destino... 
            
      Essas medidas não foram algo tão natural desde o início, por trás  existe toda uma história. Em homenagem ao centenário do sistema métrico o jornal Correio do Povo, de 1978, fez uma grande reportagem sobre o assunto.
           
         A substituição do sistema de pesos e medidas de todo o império para o sistema métrico decimal foi um movimento conturbado. O novo sistema era instituído no Brasil pela Lei N.1.157, de 1862, e afirmava que a implantação seria de uma forma gradual, tendo em vista que, em 10 anos, ficasse estabelecido como a forma única de medida. 



   Para a facilitar a compreensão foram organizadas tabelas comparativas para conversões das medidas. Com a publicação dessas tabelas, Porto Alegre também teve em mãos o novo sistema métrico, mas que não foi bem recebido pela Cidade





O comércio continuava medindo as mercadorias com o antigo padrão. Como não existia nenhuma punição ou multa, o antigo padrão ainda prevaleceu durante 10 anos.

  Apenas em 1873, quando a Câmara de Porto Alegre recebeu um ofício que proibia a execução do sistema antigo e punindo os comerciantes que ainda utilizassem, esses começaram a se preocupar em aderir ao novo sistema e não mais fazer seus próprios padrões.

   O governo do Estado do Rio Grande do Sul exercia uma certa fiscalização no momento em que, em 1877, e no começo de 1878, mandava ofícios para a Câmara de Porto Alegre perguntando se as novas medidas tinham sido padronizadas. Podemos chegar à conclusão que foi um processo bem lento e foiram necessárias medidas  efetivas de fiscalização para que ocorresse a substituição do antigo sistema de medida.   






20 de abr. de 2016

ARQUIVO HISTÓRICO INICIA SÉRIE DE CONCERTOS COM A BANDA MUNICIPAL


 Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho Comemora 44 anos de atuação em maio





 Foto Ricardo Stricher


     O Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho (AHPAMV) comemora seu aniversário com a estreia, em 21 de maio, às 11h, do projeto Música no Arquivo - Série Concertos que terá apresentações da Banda Municipal e visitação guiada a cada dois meses. Nesta primeira apresentação, o repertório será o mesmo que abriu a Semana de Porto Alegre - trilhas de clássicos do cinema. O diretor da banda, Marco Antonio Lopes, considera o projeto muito importante. "A banda, por si só, já é um arquivo da atividade musical em Porto Alegre e terá o espaço adequado no Arquivo Público para celebrar seus 91 anos de atuação." Para a diretora Rosani Feron, o projeto é uma ação positiva. "O acervo é cultura e o espaço não é só beleza", observa. 


       A instituição, que faz parte da Secretaria da Cultura de Porto Alegre (SMC) e funciona na avenida Bento Gonçalves, 1129, no bairro Santo Antônio, elegeu a primeira quinzena de maio para festejar seus 28 anos de criação oficial e também seus 44 anos de criação, já que o primeiro documento publicado pelo arquivo data de 1972. Segundo a diretora, as várias pesquisas feitas para precisar a data da fundação da entidade não obtiveram sucesso. Esta ação apurou que, em maio de 1972, o historiador Francisco Riopardense de Macedo iniciou os trabalhos de organização, descrição e restauração dos documentos de valor histórico para a comunidade porto-alegrense, que já haviam sido reunidos em 1968 pelo Setor de Divulgação Histórica na Divisão de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec). O primeiro inventário dos documentos do Arquivo Histórico da Cidade de Porto Alegre foi concluído em 20 de maio de 1973 e as consultas ao acervo foram abertas dois anos depois.

8 de abr. de 2016

MÚSICA NO ARQUIVO SEGUNDA EDIÇÃO




 No último sábado, 02 de abril, na Semana de Porto Alegre, em comemoração aos 244 da cidade, nos jardins do AHPAMV, ocorreu a segunda edição do projeto MÚSICA NO ARQUIVO.

   A programação iniciou com visita guiada ao Arquivo, em que, a partir da documentação custodiada pela Instituição, foi possível conhecer um pouco da história da Cidade. Neste ano, privilegiou-se o acervo cartográfico e propiciou-se aos visitantes fazer um breve passeio pela evolução urbana da   Cidade. Atividade que se repetiu ao final das apresentações.




              EXPOSIÇÃO   CARTOGRAFIA  EVOLUÇÃO URBANA DA CIDADE


JORNAIS E DINHEIRO (MOEDAS E NOTAS) -13 SETEMBRO 1955-INAUGURAÇÃO DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO DA PRAIA DE BELAS




A seguir, nos jardins dos casarões, o público teve a oportunidade de apreciar o espetáculo "Agulha ou linha, quem é a rainha?", monólogo baseado no conto Um apólogo, de Machado de Assis, com a musicista Liane Schüller e a atriz Adriane Azevedo, e de deleitar-se com a boa música popular brasileira, apresentada pelo Clube do Choro.




















O evento, que contou com um público de aproximadamente 90 pessoas, foi uma iniciativa do Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho, em conjunto com a Coordenação de Música (ambos da Secretaria Municipal da Cultura,)fazendo parte da programação da Semana de Porto Alegre, que este ano contou com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.






7 de abr. de 2016

SÉRIE :Curiosidades do Acervo do AHPAMV (01)

   


1) O que  sabemos sobre o Viaduto  da Borges?

   


     Na documentação do Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho, encontramos   informações curiosas sobre a cidade de Porto Alegre, nos aspectos históricos, geográficos, de urbanização,execução de obras e outros.
   Entre  as obras  públicas  mais apreciadas, está o Viaduto Otávio Rocha, ou  Viaduto da Borges, entregue à população em 1932. No  acervo de Obras  e Viação, encontramos farta documentação sobre o assunto.Um dos documentos interessantes para pesquisa é o contrato de 1928, firmado entre o Intendente Alberto Bins e o engenheiro Manoel Itaquy, que cede seu projeto  para a  Intendência/Prefeitura.
      
      No referido documento, assinado em 31 de dezembro de 1928,lemos o seguinte:

    O segundo contratante,engenheiro civil Manoel Itaquy, tendo projectado o viaduto e systema de acesso da Av. Borges de Medeiros, para  a rua Duque de Caxias, cede   ao Município de Porto Alegre a sua idéia e o projecto respectivo,compromettendo-se, além disso, a acompanhar todas as obras e diligencias, que houverem ser feitas, para completa ultimação e execução desse projecto, de accordo com as clausulas do presente contracto.

(Contracto entre a Intendência e o engenheiro Itaquy-pg 01-parágrafo 02)

      A íntegra  do contrato está no acervo ( Fundo Obras e Viação) do Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho, disponível para pesquisa.


 

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