28 de mar. de 2013

Para uma transcrição paleográfica


                                   

   Os paleógrafos,no seu trabalho de transcrição,buscam ao máximo respeitar o texto original, e o uso da padronização facilita esta missão.
        As normas técnicas utilizadas para transcrição do livro no qual  foram registradas as posturas municipais, elaboradas pelos camaristas de Porto Alegre entre os anos de 1829-1888, surgem inicialmente durante o I Encontro Nacional de Normatização Paleográfica e de Ensino de Paleografia, realizado em São Paulo em 1990. Na ocasião, foram estas elaboradas por Antonio Houaiss (Academia Brasileira de Letras), Heloisa Liberalli Belloto (Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo), Jaime Antunes da Silva (do Arquivo Nacional), João Eurípedes Franklin Leal (Universidade do Rio de Janeiro), Maria Helena Ochi Flexor (Universidade Federal da Bahia), Roseli Santaella Stella (Faculdade Cruzeiro do Sul de São Paulo) e Yedda Dias Lima (Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo).
        Em 1993, durante o II Encontro Nacional de Normatização Paleográfica e de Ensino de Paleografia, também em São Paulo, deu-se a reformulação das normas  já referidas. A Comissão de Sistematização e Redação esteve assim constituída: Ana Lúcia Louzada Werneck (Fundação Biblioteca Nacional), Ana Regina Berwanger (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Carlos de Almeida Prado Bacellar (Divisão de Arquivo do Estado de São Paulo), Gracilda Alves (Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro), José Marques (Universidade do Porto-Portugal), João Eurípedes Franklin Leal (Universidade do Rio de Janeiro), Marcelo Meira Amaral Bocaciovas (Associação Brasileira de Paleografia), Maria Helena Ochi Flexor ( Universidade Federal da Bahia), Vítor Manoel M. da Fonseca (Arquivo Nacional), Wanderley dos Santos (Arquivo Histórico Municipal de Franca - São Paulo) e Yedda Dias Lima (Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo).
      O Conselho Nacional de Arquivos – Conarq tem na sua estrutura a Câmara Técnica de Paleografia e Diplomática para estudar e definir questões sobre a paleografia no Brasil.




     Normas técnicas para transcrição e edição de documentos manuscritos no Brasil

1 Grafia
Quanto à grafia, seguir-se-ão os seguintes critérios:
1.1  Serão separadas as palavras grafadas unidas indevidamente e serão unidas as sílabas ou letras grafadas separadamente, mas de forma indevida. Excetuam-se as uniões dos pronomes proclíticos (madê, selhedê) mesoclíticos e enclíticos às formas verbais de que dependem (meteremselhe, procurase).
1.2  As letras serão grafadas na forma usual, independentemente de seu valor fonético.
1.3  Os caudado, escrito com os sinais, serão transcritos como ss ou s respectivamente.
1.4  O R e S maiúsculo, com som rr e ss, serão transcritos R e S maiúsculos, respectivamente.
1.5  As letras ramistas b, v, u, i e j serão mantidas como no manuscrito.
1.6  Os números romanos serão reproduzidos de acordo com a forma da época.
1.7  Nos enganos, omissões, repetições e truncamentos, que comprometem a compreensão do texto, recomenda-se o uso da palavra latina [sic], entre colchetes e grifada.
1.8  As abreviaturas não correntes deverão ser desenvolvidas com os acréscimos em grifo.
1.9  As abreviaturas ainda usuais na atualidade, ou de fácil  reconhecimento, poderão ser mantidas.
1.10  Os sinais especiais de origem latina e os símbolos e palavras monogramáticas serão desdobrados, por exemplo, da seguinte forma: scilicet = a saber ou convém a saber, &rª = etc, = Crismon, IHR = Cristus.
1.11  Os sinais de restos de taquigrafia e notas tironianas serão vertidos para a forma que representam, grifados.
1.12  O sinal de nazalização ou til, quando com valor de m e n, será mantido.
1.13  Quando a leitura paleográfica de uma palavra for duvidosa, colocar-se-á uma interrogação entre colchetes depois da mesma: [?].
1.14  A acentuação será conforme o original.
1.15  A pontuação original será mantida.
1.16  As maiúsculas e minúsculas serão mantidas.
1.17 A ortografia será mantida na íntegra, não se efetuando nenhuma correção gramatical.



2 Convenções
Para indicar acidentes no manuscrito original, como escrita ilegível ou danificada, serão utilizadas as seguintes convenções:
2.1 As palavras que se apresentam parcial ou totalmente ilegíveis, mas cujo sentido textual permita a sua reconstituição, serão impressas entre colchetes.
2.2 As palavras ilegíveis para o transcritor serão indicadas com a palavra ilegível entre colchetes e grifada: [ilegível].
2.3 Linhas ou palavras danificadas por corrosão de tinta, umidade, rasgaduras ou corroídas por insetos ou animais serão
indicadas, por exemplo, pela expressão corroídas entre colchetes e grifada e com a menção aproximada de seu número: [corroídas ± 6 linhas].
2.4 Os elementos textuais interlineares ou marginais autógrafos que completam o escrito serão inseridos no texto entre os sinais <···>.
2.5 Quando não forem autógrafos, serão indicados em nota de rodapé.
2.6 As notas marginais, não inseríveis no texto, serão mantidas em seu lugar ou em seqüência ao texto principal com a indicação: à margem diretia ou à margem esquerda.
2.7 As notas de mão alheia serão transcritas em rodapé.


3 Assinaturas
3.1 As assinaturas em raso ou rubricas serão transcritas em grifo.
3.2 Os sinais públicos serão indicados entre colchetes e em grifo: [sinal público].



4 Documentos Mistos
4.1 Os caracteres impressos que aparecem em documentos mistos recentes serão transcritos em tipos diferentes. Incluem-se aqui os formulários, timbres, fichas-padrão, carimbos, siglas etc.


5 Selos, Estampilhas etc.
5.1 Os selos, sinetes, lacres, chancelas, estampilhas, papéis selados, desenhos serão indicados de acordo com a sua natureza entre colchetes e grifado: [estampilha].
5.2 Os dizeres impressos e o valor das estampilhas serão transcritos dentro de colchetes e em grifo: [estampilhas, 200 rs.].



6 Referências
6.1 Recomenda-se o uso de um sumário, antecedendo cada texto, composto de : datação e resumo de conteúdo.
6.2 Será sempre indicada a notação ou cota do documento para fins de localização no acervo da Instituição.
6.3 Sempre se indicará se o documento é original, apógrafo, 2ª via, etc.



7 Apresentação Gráfica
7.1 A transição dos documentos poderá ser linha por linha ou de forma corrida.
7.2 Será respeitada a divisão paragráfica do original.
7.3 As páginas serão numeradas de acordo com o documento original, indicando-se sempre a mudança de cada uma, entre colchetes e no meio do texto, incluindo-se o verso: [fl.3], [fl.3v].
7.4 Se o original não for numerado, caberá ao transcritor numerá-las. Os números acrescentados serão impressos em grifo e entre colchetes: [fl.4], [fl. 4v].



8 Observações
8.1 Toda edição de documentos deverá ser precedida de um texto preliminar em que se especificará o objetivo da publicação, remetendo-a, quanto aos critérios e convenções, para as Normas Técnicas para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos.
8.2 É recomendável a utilização de índice remissivo.


Comissão de Sistematização e Redação do II Encontro Nacional de Normatização Paleográfica

São Paulo, setembro de 1993





26 de mar. de 2013

No aniversário da Cidade,um presente aos porto-alegrenses



            

     A obra com a transcrição paleográfica do Livro de registro das Posturas Municipaes de 1829 até 1888, foi lançada pelo Coordenador da Memória Cultural, Luiz Antônio Custódio no dia 19/03/2013, durante o Evento “História de Porto Alegre: seus 241 anos, a partir dos documentos históricos”.
          O documento Livro de registro das Posturas Municipaes de 1829 até 1888 é parte do acervo documental arquivístico do Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho - AHPAMV, sua edição faz parte da difusão cultural no mundo dos arquivos históricos e é um presente de aniversário a Porto Alegre e seus habitantes  na passagem dos 241 anos da Cidade.
           A escolha das Posturas Municipais para edição é balizada pelo significativo conteúdo deste documento para o entendimento da formação da cidade de Porto Alegre.
O trabalho paleográfico segue as normas técnicas para transcrição e edição de documentos manuscritos em uso no Brasil,  propondo  padronizar as edições paleográficas.
No trabalho da transcrição, a forma textual característica foi mantida, com os erros de grafia e de gramática, e os arcaicos do pronome pessoal oblíquo da 3ª pessoa foram mantidos, na forma como era escrita.
       Quanto às abreviaturas, grafias distintas das atuais e palavras ilegíveis e/ou danificadas foram escritas na íntegra e sublinhando as letras faltantes, os “ésses” caudados foram transcritos como “ésses” normais, as marcas significativas de “etc”, preposições “por” e “para” estão transcritas na forma atual e as palavras que não estão legíveis receberam, em seu lugar, a inscrição “ilegível” entre colchetes.
     Os meses do ano eram escritos sempre com inicial maiúscula e foram transcritas da mesma forma. Outras formas de escrita dos meses do ano foram transcritas assim: “9bro” por novembro e “10bro” por dezembro.
Para o entendimento do documento e confirmação dos padrões de assinaturas e termos encontrados no mesmo, foram consultados outros documentos históricos contemporâneos ao texto original e também custodiados pelo AHPAMV. Ao final da edição para facilitar o entendimento, em especial de alguns termos em desuso, foi elaborado um glossário.
    A transcrição paleográfica foi realizada,a partir da transcrição do arquivista Adriano Tadeu Kochanowski,por técnicos do AHPAMV. O historiador Sérgio da Costa Franco escreveu o prefácio contextualizando a importância das posturas na organização social e espacial de Porto Alegre.
    A publicação integra a Série Memória Cultural editada pela Secretaria Municipal da Cultura / Coordenação da Memória Cultural como volume três. Esta obra permite uma leitura mais acessível de um documento escrito dentro de uma linguagem antiga e própria do século XIX.
Parabéns Porto Alegre!



I SEMANA NACIONAL DE MEMÓRIA E DIREITOS HUMANOS



25 de mar. de 2013

Palestra Paulo Moreira





      
     O evento “História de Porto Alegre: seus 241 anos, a partir dos documentos históricos” ocorrido nesta última terça-feira, dia 19/03/2013, no Auditório do Edifício José Montaury,teve como palestrante o historiador Doutor Paulo Roberto Staudt Moreira. Pesquisador assíduo nos Arquivos Históricos, falou em especial sobre o “garimpo nas fontes históricas” que vem fazendo, ao buscar dados sobre o pardo Aurélio Viríssimo de Bittencourt que, na sua carreira como funcionário público,foi assessor de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros. O historiador Paulo Moreira contou à plateia como os documentos históricos acumulados em diversas instituições de pesquisa de Porto Alegre e Jaguarão,cidade natal do biografado,tomam vida,esclarecendo, trazendo informações até então desconhecidas sobre a sociedade em que viveu o inicialmente amanuense Aurélio. As biografias,foco de estudo de historiadores, permitem traçar a rede de relações na vida e obra de alguns homens “ilustres” e pouco conhecidos.
   Entre as publicações do nosso palestrante,temos Que com seu Trabalho nos Sustenta: As Cartas de Alforria de Porto Alegre (1748 / 1888) editado em 2007 com co-autoria de Tatiani Tassoni.

20 de mar. de 2013

ATENÇÃO, PESQUISADOR

    

                     ABERTURA     DA     SALA    DE    PESQUISA




NO  DIA 23 DE MARÇO, PRÓXIMO SÁBADO,

APENAS   COM  AGENDAMENTO,ATÉ QUINTA-FEIRA, 

ÀS 17 HORAS.


HORÁRIO DE ATENDIMENTO:

9H ÀS  13H




AGENDE-SE: atendimentoah@smc.prefpoa.com.br/32898282


OBSERVAÇÃO: conforme cronograma 

publicado,neste blog, em 27 de fevereiro de 

2013.




                

15 de mar. de 2013

A história de Porto Alegre em seus documentos

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     Nas comemorações da 54º Semana de Porto Alegre, o AHPAMV promove o evento “História de Porto Alegre: seus 241 anos, a partir dos documentos históricos” no dia 19/03/2013,próxima  terça-feira , às 14horas no Auditório do Edifício José Montaury (Prefeitura Nova), rua Siqueira Campos, 1300-14º andar.

    Este evento terá como palestrante Paulo Roberto Staudt Moreira, historiador, mestre e doutor em História pela UFRGS, pós-doutor pela Universidade Federal Fluminense-UFF, professor adjunto e coordenador do PPG em História da UNISINOS e historiógrafo do AHRS. Possui diversas publicações,em especial sobre História do Brasil Colonial e Imperial, abordando temas como escravidão, saúde, patrimônio documental e a cidade no século XIX.

      Durante o Evento, será lançado uma publicação contendo o trabalho produzido pela equipe do AHPAMV da transcrição paleográfica do “Livro de registro das Posturas Municipaes de 1829 até 1888”.

       Dentre as atividades dos arquivos históricos, está a edição de documentos históricos importantes do passado, possibilitando a preservação e a melhor compreensão do que neles foram escritos.

A transcrição paleográfica segue a norma usada no Brasil e aprovada durante o II Encontro Nacional de Normatização Paleográfica e de Ensino de Paleografia (1993, na cidade de São Paulo). A norma tem por objetivo fixar diretrizes, critérios e convenções para padronizar as edições paleográficas, com vistas a uma apresentação racional e uniforme das mesmas.

O documento original possui 196 páginas, e sua produção fazia parte de uma das funções das Câmaras de Vereadores no Brasil Imperial.

No Brasil independente de Portugal, a Constituição Imperial de 1824 e outorgada por D.Pedro I, estabelecia “que todas as Cidades, e Villas ora existentes, e nas mais, que para o futuro se crearem haverá Camaras, ás quaes compete o Governo economico, e municipal das mesmas Cidades, e Villas. As Camaras serão electivas, e compostas do numero de Vereadores, que a Lei designar, e o que obtiver maior numero de votos, será Presidente. O exercicio de suas funcções municipaes, formação das suas Posturas policiaes, applicação das suas rendas, e todas as suas particulares, e uteis attribuições, serão decretadas por uma Lei regulamentar”.
    As “posturas policiaes” ou,posteriormente,as posturas municipais, são o regramento emanado das Câmaras Municipais, que obrigam ao cumprimento de certos deveres de ordem pública, com o estabelecimento de regras e normas, seguindo padrões éticos, morais e culturais da época, facilitando a convivência dos habitantes de um mesmo local. 

   É importante salientar que,como no Brasil Imperial,os vereadores organizavam as cidades através das posturas municipais, tornando o seu conhecimento elemento fundamental para compreensão da sociedade brasileira deste período.

    A publicação em lançamento integra a Coleção Memória editada pela Secretaria  Municipal da Cultura de Porto Alegre / Coordenação da Memória Cultural, como volume 3 e tem o prefácio de Sérgio da Costa Franco, historiador, promotor de justiça e jornalista.

A distribuição da obra é gratuita.

     




                                                                                                      Equipe do AHPAMV

14 de mar. de 2013

Um fomentador de cultura


        Na terça-feira,dia 05 de março deste ano (2013),esteve presente aqui no Arquivo Histórico de Porto Alegre o jornalista e ex-funcionário da Prefeitura da capital o Sr. Luis Carlos Machado Lisboa a fim de conferir o trabalho técnico realizado em seu acervo,doado a este Arquivo em razão da importância de sua atuação para a vida cultural da Cidade. Entre suas realizações,destacam-se a criação do Brick no parque da Redenção em Porto Alegre no final dos anos 1970 e a idealização do Festival de Cinema de Gramado.
   
         Na sua vida profissional,dedicou-se à área da comunicação tendo atuado como repórter e correspondente internacional na Espanha e França, na Revista do Globo; na televisão porto-alegrense foi apresentador na TV Piratini, aparecendo na TV Gaúcha e,em 1980 a 1981, teve programa diário de cultura na TVE. Membro das relações consulares do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, além de colunista da Revista Vogue em São Paulo; foi relações públicas de empresas e do Escritório do Governo do Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro durante sete anos. Jornalista de carreira da Prefeitura de Porto Alegre, foi nesta: Oficial de gabinete das Secretarias de Administração e Governo Municipal, Chefe de Relações Públicas, Diretor substituto da extinta Divisão de Cultura, Assessor Especial e Chefe do cerimonial do Gabinete do Prefeito. Durante um ano,secretariou a revista Edição Extra, em São Paulo.
      Luiz Carlos M. Lisboa organizou também diversas exposições, foi o criador da 1ª coluna de sociedade diária e o encarregado de Imprensa do I Salão de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Elaborou o plano de Planejamento Turístico da cidade de Gramado/RS; foi crítico de arte, de teatro e cinema, e é autor do livro Marisa Prado – A Estrela, o Mistério, da Coleção Aplauso, editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
     Seu vasto e rico acervo pessoal, colecionado ao longo de sua vida e carreira profissional, inclui uma coleção  de jornais e revistas(muitas edições  não mais existentes)e remete a diferentes fatos e momentos históricos,desde o final dos anos 1940 até os dias de hoje,compondo uma rica e variada fonte de pesquisa para diferentes temas além dos relacionados à história da cultura e das artes em Porto Alegre, no Estado, no Brasil e no mundo, especialmente na Europa.
    Pelo seu papel relevante na construção da história da Cidade, em especial na área da cultura e no campo das artes,  está sendo disponibilizado para pesquisa das gerações futuras seu acervo particular. 






13 de mar. de 2013

Formação de Professores no Arquivo Histórico





   O Arquivo Histórico oferece Curso de Formação em Educação Patrimonial, orientado para tornar os educadores mediadores da relação Arquivo / aluno. Nos encontros, será realizada visita ao complexo da Instituição,com apresentação das atividades através de multimídia e dos materiais pedagógicos,acesso direto aos cenários e figurinos e fornecimento do Guia do Programa de Educação Patrimonial: apostila contendo descrição das atividades, faixas etárias previstas, objetivos das oficinas, relação das oficinas com ações e conteúdo discutido na escola e ainda apresentaçãoproposta de atividades pós-oficina.
 Será fornecido certificado.

Calendário
DATA
HORÁRIO
VAGAS
Local
30  de abril
14 horas
30
Arquivo Histórico
22 de maio
14 horas
30
Arquivo Histórico
8 de junho
8 horas
30
Arquivo Histórico
22 de agosto
8 horas
30
Arquivo Histórico
28 de setembro
8 horas
30
Arquivo Histórico
26 de outubro
8 horas
30
Arquivo Histórico

As inscrições podem ser feitas pelo email rosanef@smc.prefpoa.com.br  ou pelo telefone 3289.8284


12 de mar. de 2013

Semana de Porto Alegre 2013


-


                                                     
“História de Porto Alegre: seus 241 anos, a partir dos documentos históricos”.


                      Palestra com o Prof. Dr. Paulo Roberto Staudt Moreira, Historiador e Coordenador do PPG em História da UNISINOS.


                   Lançamento da transcrição do documento “Livro de registro das Posturas Municipaes de 1829 até 1888”.

     Data:19 de março de 2013
     Hora:14h
     Local:Auditório do Edifício José Montaury, 14º andar situado na rua Siqueira Campos, 1300 /10º andar



    As Posturas Municipais eram o regramento emanado das Câmaras Municipais que obrigavam ao cumprimento de certos deveres de ordem pública, com o estabelecimento de regras e normas, seguindo padrões éticos, morais e culturais da época, que facilitassem a convivência dos habitantes de um mesmo local. 
    No Brasil Colonial e Imperial, os vereadores delineavam através destas a forma de organização e o traçado da urbe. Tratavam sobre a nomeação de cargos públicos; do exercício das profissões; da ordem pública; do policiamento; das multas no descumprimento das posturas municipais; do arrendamento de serviços; do recolhimento de impostos; da vigilância para manutenção de alimentos da vila e seu termo; da abertura do comércio; das festividades oficiais; dos contratos públicos; da receita e despesa, condução de presos; dos consertos e melhorias na cidade (alinhamento, abertura, fechamento, consertos, melhorias e mudanças nas estradas, ruas, praças e pontes); do abastecimento de água; da iluminação, da construção das cadeias, aterros, cemitérios, cais, teatros, hospitais, asilos, etc; do funcionamento das aulas públicas; da instalação dos serviços de correios, telégrafos, telefonia e transportes públicos, dos cuidados com órfãos e mendigos, da numeração das casas, da limpeza e saneamento da cidade, do recolhimento dos impostos; da divisão e limites urbanos; do exercício das profissões e do processo eleitoral municipal.



                           A distribuição do livro será gratuita.

                          Certificado de frequência aos ouvintes.


6 de mar. de 2013

Mercado Público:símbolo do desenvolvimento econômico da Porto Alegre do século XIX


A diversidade de atividades econômicas
                                                                                                  gerou  uma intensificação
                                                                                             do processo 
de divisão do trabalho.


        O  Mercado Público  surgiu de uma necessidade histórica  da Porto Alegre do século XIX. Na monografia sobre este tema,intitulada Construção do Mercado Público de Porto Alegre, a autora  analisa, inicialmente, a evolução urbana da Cidade,destacando a vinda dos açorianos, a estagnação durante a Revolução Farroupilha,a retomada  econômica pelo desenvolvimento comercial,a importância dos imigrantes alemães em São Leopoldo como  produtores  para o mercado de consumo da capital, expansão dos limites geográficos e outros fatores de urbanização.
      
        Os estabelecimentos comerciais se concentravam no centro da  Cidade:armazéns de secos e molhados, lojas de fazendas,casas de ferragens,lojas de miudezas,vendas ou botequins,etc,segundo o Almanack de Porto  Alegre  para o ano de 1857,o que demonstra o crescimento  do comércio em Porto Alegre.
        A diversidade de atividades econômicas gerou  uma intensificação do processo de divisão do trabalho. Essa realidade  foi traduzida oficialmente  pelo Código de Posturas(1829-1888).
     Já na primeira metade do século XIX, surgiu a necessidade  de normatização da atividade comercial no  Largo Paraíso, resultando na construção do primeiro  Mercado Público,em 1844. Este foi substituído pelo atual  Mercado Público,inaugurado em 03 de outubro de 1869 que, além de regulamentar o comércio,também respondia à necessidade de substituir o trabalho  escravo pelo trabalho livre. No espaço urbano, houve melhorias dos serviços públicos como iluminação, calçamento, ajardinamento. Tudo isso também  se devia ao crescimento demográfico: de 16.900 habitantes,em 1858, para 34.183,em 1872.Isso aumentava as demandas tanto comerciais como de melhoramentos urbanísticos.


         Afirma a autora:
                Em nível urbano, ainda, o Mercado Público permitiu a conformação de um novo espaço dentro do “todo” ao qual o mesmo se integrou: o antigo “Largo do Paraíso” foi efetivamente incorporado pelo processo de urbanização vivido por Porto Alegre durante o século XIX.
        


   Concluindo, percebemos que o  Mercado Público possui um significado para além das atividades comerciais, passando pela regulamentação do mercado de trabalho,a constituição de um centro urbano  símbolo de um momento histórico.


Fonte: Construção do Mercado  Público de Porto Alegre 
Inês Cristina de Barros-UFRGS:1991

       Esta monografia está disponível para pesquisa  no acervo de apoio do AHPAMV 



      
 

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